O preço das carnes na Região Metropolitana de Porto Alegre registrou alta média de 5,55%, o que tem impactado diretamente no custo do tradicional prato à la minuta, composto por arroz, feijão, salada, ovo e carne. Embora outros itens como arroz, feijão e batata tenham apresentado queda nos preços, o aumento das carnes e ovos tem levado a um reajuste no valor do prato, dificultando a vida dos consumidores e comerciantes locais. O cenário é resultado de uma combinação de fatores, incluindo o volume de exportações para a Ásia, o ciclo da pecuária e o impacto climático nas pastagens.
Economistas explicam que a valorização das exportações, impulsionada pela depreciação do real, e a dificuldade no reposicionamento dos rebanhos devido ao abate de vacas reprodutoras também são fatores importantes que contribuem para o aumento nos custos. Além disso, o clima seco e as queimadas que afetaram as pastagens agravam a situação. Um exemplo disso é o aumento de 20% no preço da carne em 2024, o maior dos últimos cinco anos, pressionando ainda mais o custo de pratos comuns como o à la minuta.
Com o aumento dos preços, muitos consumidores se veem divididos entre cozinhar em casa ou comer fora. Alguns buscam promoções em mercados para tentar reduzir o custo de refeições, enquanto outros veem como vantajoso almoçar fora, devido ao custo elevado de carne no supermercado. No entanto, a insatisfação com os preços altos é crescente, e muitos lamentam o impacto financeiro no orçamento familiar. O aumento nos custos continua a ser um desafio tanto para os consumidores quanto para os donos de restaurantes da região.