Na primeira semana após o aumento da alíquota do ICMS sobre a gasolina e o diesel, os preços dos combustíveis tiveram um forte reajuste nos postos brasileiros. Segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), o preço médio da gasolina subiu R$ 0,15 por litro, alcançando R$ 6,35, o maior valor desde o início do governo atual, considerando a inflação. Este aumento foi superior ao previsto, com o reajuste do imposto estadual elevando o valor do ICMS de R$ 1,3721 para R$ 1,4700 por litro. A gasolina variou significativamente pelo Brasil, com os maiores preços registrados em Barueri (SP) e Acre.
Além da gasolina, o preço do diesel também apresentou um aumento significativo, subindo de R$ 6,10 para R$ 6,38, representando um reajuste de 4,59%. A elevação do ICMS do diesel foi de R$ 0,06, indo de R$ 1,0635 para R$ 1,1200 por litro, além do aumento de 6% nos preços repassados pelas distribuidoras. A alta nos combustíveis é atribuída não apenas ao aumento da tributação, mas também à elevação do preço do etanol anidro, utilizado na mistura da gasolina, que subiu mais de R$ 0,30 por litro nas usinas nos últimos dois meses.
O impacto do aumento dos combustíveis deve refletir na inflação, que já enfrentava pressão devido ao aumento dos alimentos. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador da inflação no Brasil, deve registrar novos aumentos em fevereiro, com destaque para os custos com material escolar e o reajuste das tarifas de energia elétrica. Esses fatores podem agravar a pressão sobre o poder de compra das famílias, evidenciando os desafios econômicos enfrentados no início do ano.