O aumento de R$ 0,22 por litro no preço do diesel anunciado pela Petrobras pode ter efeitos significativos na economia brasileira, principalmente no setor de transporte rodoviário de cargas, que é responsável por mais da metade da carga transportada no país. A estimativa é que o frete sofra um aumento de 2% a 2,5%, refletindo diretamente nos preços de produtos que chegam aos supermercados, farmácias e lojas. No entanto, o impacto nos preços finais ao consumidor pode demorar a ser percebido, uma vez que depende de negociações de contratos de frete e da rapidez dos caminhoneiros freelancers em repassar os custos.
Além dos caminhões, o diesel também é utilizado em outras áreas essenciais, como máquinas agrícolas, usinas termelétricas e ônibus urbanos, o que amplifica o impacto desse aumento no preço dos produtos consumidos diariamente. A dependência do transporte rodoviário no Brasil, que responde por 65% da produção nacional, torna o diesel um fator chave na composição dos preços de diversos bens, com alimentos sendo mais afetados do que eletrônicos ou veículos.
Especialistas apontam que, embora o país tenha alternativas de transporte, como ferrovias e cabotagem, a necessidade de rodovias ainda é fundamental para a entrega de produtos nos pontos de consumo. A situação revela a complexidade do sistema logístico brasileiro e a dificuldade em substituir os caminhões, que continuam sendo essenciais para o transporte de mercadorias até locais específicos, como supermercados e farmácias.