O aumento no preço do diesel anunciado pela Petrobras deve impactar o setor de transporte rodoviário de cargas, com reflexos em vários produtos essenciais. Estima-se que o aumento de R$ 0,22 por litro resulte em um acréscimo de 2% a 2,5% no valor do frete, o que afetará os preços de alimentos, medicamentos e outros itens. A dependência do Brasil do transporte rodoviário para a distribuição de mercadorias torna o preço do diesel uma variável crítica na composição dos preços de muitos produtos.
Além disso, o impacto do aumento do diesel não se restringe apenas ao transporte de cargas. O combustível também é utilizado em máquinas agrícolas, termelétricas e ônibus urbanos, ampliando o efeito indireto sobre a inflação. A falta de alternativas eficientes para o transporte, como ferrovias e cabotagem, faz com que o país continue dependendo principalmente dos caminhões, cuja operação se torna mais cara com o aumento do combustível.
Apesar dos desafios, especialistas indicam que é difícil prever exatamente como o aumento será repassado ao consumidor, pois depende de renegociações contratuais no setor de frete. Embora o impacto seja mais perceptível nos produtos com menor valor agregado, como alimentos, o transporte rodoviário continuará sendo essencial para a distribuição, já que alternativas como trem ou navio não conseguem realizar entregas diretas aos pontos de consumo.