A nomofobia, condição psicológica reconhecida pela Organização Mundial da Saúde desde 2018, é caracterizada pelo medo irracional de ficar sem celular ou sem acesso à internet. Esse transtorno tem se intensificado com o uso crescente das redes sociais, gerando sérios impactos na saúde mental, como ansiedade, estresse e até crises de pânico. Os sintomas podem incluir taquicardia, tremores e sensação de falta de ar, especialmente quando a pessoa se vê desconectada. A dependência digital também afeta a qualidade do sono e a capacidade de manter relações interpessoais presenciais, comprometendo o bem-estar geral.
O aumento do uso da internet e das redes sociais tem levado muitas pessoas a priorizar o mundo digital em detrimento das atividades offline, como o trabalho, estudo e convivência familiar. A psicóloga Joelma Martins destaca que a nomofobia está relacionada a uma constante necessidade de se manter conectado, e a ausência do celular ou uma simples falta de conexão pode gerar um mal-estar físico e psicológico. Além disso, o uso excessivo dos dispositivos, especialmente antes de dormir, é um alerta importante para o desenvolvimento dessa condição.
O tratamento para a nomofobia envolve o reconhecimento da dependência e o esforço para reduzir o tempo de uso das tecnologias. Em casos mais graves, a intervenção psicológica é necessária para entender as causas desse comportamento compulsivo. Profissionais recomendam que a pessoa busque alternativas para equilibrar sua vida, como a prática de atividades físicas, o fortalecimento de laços sociais offline e o estabelecimento de limites no uso das telas. A conscientização e a busca por ajuda profissional são passos fundamentais para superar esse ciclo de dependência digital.