O número de profissionais de saúde na Terra Indígena Yanomami, em Roraima, quase triplicou desde o início da emergência sanitária, com um aumento de 154% entre 2021 e 2023. Esse crescimento foi impulsionado pela intensificação das ações do governo federal para combater o garimpo ilegal e as suas consequências, como desnutrição e malária, que afetam gravemente a população indígena. Atualmente, 1.757 profissionais atuam na região, incluindo técnicos de enfermagem, médicos, enfermeiros e nutricionistas.
A presença ampliada de especialistas tem gerado resultados positivos, como a redução das mortes infantis por malária e desnutrição. Líderes comunitários indicam que a situação nas aldeias melhorou significativamente, destacando que a crise de saúde começa a ser controlada após anos de abandono. O trabalho dos novos profissionais de saúde tem sido fundamental para restaurar condições mínimas de bem-estar para a população Yanomami.
Embora os indicadores de saúde apresentem avanços, o contexto de violência e exploração na região ainda representa um desafio. O fortalecimento da presença do Estado e a melhoria no atendimento médico são passos importantes, mas o enfrentamento das questões estruturais, como o combate ao garimpo ilegal, continua sendo essencial para a recuperação completa da saúde e qualidade de vida dos Yanomami.