Em janeiro de 2024, o Acre registrou um aumento de 948% no número de casos de dengue, com mais de 1.500 notificações em Cruzeiro do Sul, a segunda maior cidade do estado. Em resposta à escalada da doença, a cidade declarou situação de emergência em saúde pública, buscando apoio federal e a ampliação das ações de combate à dengue. A Prefeitura tem promovido mutirões de limpeza e ações emergenciais nas áreas de maior risco, como os bairros Cruzeirão e Telégrafo. A medida foi adotada após a previsão de que mais de 3.000 casos poderiam ser registrados, o que sobrecarregaria a rede de saúde local.
Além de Cruzeiro do Sul, a capital, Rio Branco, também decretou situação de emergência no final de janeiro, após um aumento de casos na cidade. O governo estadual já havia tomado a mesma medida no início do mês devido ao crescimento das infecções e à necessidade de mobilizar recursos assistenciais. Com um aumento significativo na incidência de dengue, o Acre tem enfrentado desafios para controlar a doença, que se espalhou para diversos municípios, colocando pressão sobre o sistema de saúde.
As autoridades destacam que, embora as ações emergenciais ajudem a reduzir os casos, a população desempenha um papel crucial no combate à dengue, sendo responsável por cerca de 70% das medidas preventivas. A prevenção, como eliminar focos de água parada, é fundamental para diminuir a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença. O estado tem se tornado um dos mais afetados da região Norte, com uma taxa elevada de incidência de casos em relação à população.