O número de crianças em idade primária com constipação aumentou significativamente, com uma elevação de 60% nas taxas de casos registrados na Inglaterra e no País de Gales. Educadores têm relatado que, além do uso mais frequente de laxantes prescritos, como Movicol, outros itens como fraldas para acidentes e hospitalizações para casos mais graves passaram a ser necessários nas escolas. Esse cenário levanta preocupações sobre a saúde dos alunos e a crescente dificuldade enfrentada pelas famílias e escolas no manejo dessa condição.
Especialistas apontam que fatores como dieta inadequada, falta de exercícios físicos e consumo insuficiente de água são os principais contribuintes para o aumento do problema. A combinação desses elementos tem levado a um número crescente de crianças que apresentam dificuldades para evacuar, o que, em alguns casos, resulta em complicações mais graves, incluindo cirurgias. A ausência de hábitos saudáveis é uma preocupação crescente, refletindo-se diretamente na saúde infantil.
Além das consequências físicas, a constipação também tem afetado a vida social e escolar das crianças, gerando desconforto e até evitando que algumas delas frequentem a escola. A vergonha e o sofrimento causados pela condição podem levar a um isolamento social, com muitas crianças evitando atividades escolares para não expor suas dificuldades. Essa situação tem exigido um esforço maior por parte dos professores e profissionais de saúde escolar, que agora enfrentam a administração de tratamentos médicos dentro do ambiente educacional.