No primeiro mês da nova gestão de Saquarema, o número de servidores comissionados aumentou em 90 vagas, ampliando significativamente o quadro de funcionários municipais. A gestão também tem nomeado familiares de políticos locais para cargos administrativos, o que gerou críticas sobre práticas de nepotismo cruzado. Especialistas em direito afirmam que esse tipo de contratação pode violar princípios constitucionais, como a moralidade administrativa, e acarretar sanções de improbidade administrativa, com multas e inelegibilidade.
A folha de pagamento da prefeitura revelou que, em janeiro, dos 5.539 funcionários do município, 1.401 são comissionados, o que representa um custo de cerca de R$ 5,3 milhões. A Secretaria de Educação concentra a maior parte desses cargos, refletindo um orçamento elevado, especialmente com os recursos provenientes de royalties da exploração de petróleo, que devem ser aplicados principalmente em educação. O aumento de servidores comissionados é visto por alguns como um excesso que prejudica o equilíbrio fiscal do município.
Por outro lado, a prefeitura de Saquarema defende que os profissionais nomeados possuem a qualificação necessária para os cargos que ocupam e afirmou que irá revisar as nomeações caso sejam encontradas irregularidades. Contudo, a prática de ampliar o número de cargos comissionados em um curto período gerou um debate sobre a eficiência e a transparência na gestão pública da cidade.