O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, propôs a implementação de altas tarifas alfandegárias sobre produtos provenientes de países como China, Canadá e México, com o objetivo de pressionar esses países a combater o tráfico de fentanil, uma droga sintética responsável por uma grave crise de overdose no país. A China, principal origem de produtos químicos usados na fabricação do fentanil, é acusada de não agir de forma suficiente para controlar o comércio ilegal dessas substâncias, que têm provocado milhares de mortes nos Estados Unidos.
O fentanil é um opioide sintético que é 50 vezes mais potente que a heroína e é produzido de maneira barata e eficiente. Embora a China tenha endurecido seus controles em 2019, o tráfico continua por meio de rotas para o México, onde os produtos químicos são transformados em fentanil e enviados para os Estados Unidos. As substâncias químicas que compõem o fentanil são, em grande parte, legais na China, onde são usadas como analgésicos, mas a legislação ainda não é suficiente para barrar o desvio dessas substâncias para o tráfico.
Em resposta, o governo de Joe Biden também tem intensificado as ações contra o tráfico de fentanil, impondo sanções a indivíduos e empresas chinesas envolvidas nesse mercado ilegal. Em 2023, os presidentes dos EUA e da China prometeram continuar as negociações sobre o controle dessas substâncias. Contudo, especialistas alertam que os traficantes estão constantemente adaptando suas estratégias, e a colaboração internacional continua sendo um desafio, especialmente devido a questões como lavagem de dinheiro e relações diplomáticas complicadas.