O Haiti enfrenta uma grave crise de violência causada por gangues, especialmente em sua capital, Porto Príncipe, onde essas organizações controlam aproximadamente 85% da área. Além das ações violentas, o país vivencia uma escalada alarmante de recrutamento de crianças para os grupos armados, com cerca de metade dos membros desses grupos sendo menores de idade, alguns com apenas oito anos. Esse fenômeno é impulsionado pela extrema pobreza e pelo sequestro forçado, formando um ciclo de sofrimento contínuo para as crianças.
Em 2024, a violência sexual contra crianças no Haiti teve um aumento de 1.000% em relação ao ano anterior, com números muito mais altos que os registrados em 2023. A ONU, por meio do Unicef, alertou sobre essa situação desesperadora, enfatizando que os corpos das crianças têm se tornado “campos de batalha”, com os grupos armados infligindo sofrimentos inimagináveis. A violência tem afetado profundamente a população infantil, tornando o cenário ainda mais trágico.
Embora haja apoio internacional, com a chegada de forças policiais, especialmente do Quênia, e a promessa de assistência financeira significativa dos Estados Unidos, a situação permanece grave. O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, destacou a necessidade de expandir a missão de segurança para lidar com a presença crescente das gangues e restaurar a paz na região. Contudo, os desafios continuam a ser imensos, e o futuro da segurança no Haiti depende de ações mais robustas e eficazes para combater a violência e proteger as crianças em risco.