A Agetransp anunciou que a tarifa do metrô do Rio de Janeiro será aumentada de R$ 7,50 para R$ 7,90 a partir de 12 de abril. O reajuste foi decidido em reunião no dia 25 de março e está de acordo com as cláusulas do contrato de concessão, levando em conta a variação do IPCA nos últimos 12 meses. O Rio de Janeiro já possui a tarifa mais alta do Brasil para o transporte metroviário, sem considerar os subsídios. Existe também uma tarifa social, no valor de R$ 5, voltada para pessoas com renda mensal de até R$ 3.205,20, a qual depende de apoio financeiro do governo estadual, mas a continuidade desse subsídio ainda está indefinida.
Em comparação com outras capitais brasileiras, o preço da passagem do metrô no Rio é significativamente mais caro. Enquanto em Belo Horizonte e Brasília a tarifa é de R$ 5,50, em São Paulo ela custa R$ 5,20, e em Porto Alegre, R$ 4,50. Outras cidades, como Recife, Salvador e Fortaleza, apresentam valores ainda mais baixos, com passagens que variam de R$ 3,60 a R$ 4,25. Em Teresina, o transporte público é gratuito. O aumento da tarifa no Rio levanta preocupações, especialmente considerando o cenário econômico atual e o impacto sobre os usuários que dependem do metrô para seu deslocamento diário.
O reajuste gerou insegurança entre a população, principalmente devido à incerteza sobre a renovação da tarifa social, essencial para muitos cidadãos com baixa renda. A falta de uma resposta clara por parte da Secretaria Estadual de Transporte e Mobilidade alimenta esse clima de incerteza. Embora a Agetransp continue a seguir as diretrizes do contrato, a medida reflete o desafio do governo em equilibrar a manutenção dos serviços com as necessidades da população em um contexto econômico difícil.