A crescente incerteza em relação à política comercial dos Estados Unidos tem gerado preocupações sobre o impacto nos mercados emergentes (ME), especialmente aqueles que enfrentam as tarifas americanas. De acordo com um relatório da S&P Global Ratings, as decisões de investimento podem ser postergadas devido à instabilidade, o que afetaria diretamente a economia desses países. Além disso, os bancos centrais dos ME devem adotar uma postura mais cautelosa no que diz respeito à normalização das políticas monetárias, considerando que uma alta na força do dólar pode agravar a fuga de capitais.
Desde o começo do ano, o desempenho das ações nos mercados emergentes foi positivo, mas após as eleições nos EUA, todas as regiões sofreram perdas, exceto os países da Europa, Oriente Médio e África. Esses países estão menos vulneráveis às tarifas americanas, o que os torna mais resilientes frente aos desafios globais impostos pela política comercial dos EUA. A Ásia e a América Latina, por outro lado, foram mais afetadas pela incerteza.
O desempenho das ações, juntamente com os movimentos nas taxas de câmbio, será um dos fatores-chave para os fluxos de portfólio em 2025. Com o cenário global em constante mudança, as decisões dos investidores serão influenciadas por esses elementos, o que poderá ter implicações significativas para os mercados emergentes ao longo do ano.