A ansiedade e o estresse têm se mostrado cada vez mais prevalentes no Brasil, que ocupa o primeiro lugar no ranking de países mais ansiosos e o quarto entre os mais estressados, segundo a OMS. Esses fatores não apenas afetam a saúde mental, mas também estão diretamente relacionados a problemas orofaciais, como a disfunção da articulação temporomandibular (DTM), que causa dores intensas e impacta atividades diárias essenciais, como mastigar e falar. Estima-se que cerca de 30% da população mundial sofra com dores faciais, muitas vezes sem procurar tratamento adequado.
Além do estresse e da ansiedade, outros fatores também contribuem para o desenvolvimento de disfunções na ATM, como problemas na mordida, uso de próteses mal-adaptadas, bruxismo e até a falta de dentes. A dor orofacial pode se manifestar de diversas formas, incluindo dores de cabeça, dores nas orelhas, dificuldade para mastigar e até desgaste dental excessivo. A especialista Luciana Pimenta explica que, devido à complexidade da articulação temporomandibular, é essencial que o paciente busque ajuda especializada assim que os sintomas aparecerem.
O tratamento para DTM pode ser conservador, como laserterapia, fisioterapia e acupuntura, ou envolver procedimentos cirúrgicos mais complexos em casos graves. A aplicação de botox nos músculos da mastigação é uma opção que tem mostrado bons resultados. Para casos mais severos, como mandíbula travada e dificuldade extrema para se alimentar, a artroscopia pode ser indicada. Luciana enfatiza a importância de procurar profissionais qualificados para diagnóstico e tratamento, visto que a dor orofacial pode comprometer a qualidade de vida do paciente e deve ser tratada com atenção especializada.