A Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, está enfrentando um déficit bilionário de R$ 14 bilhões no seu Plano 1, o que gerou uma auditoria solicitada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) para esclarecer as possíveis causas desse rombo. Especialistas apontam que o problema pode ser atribuído a uma concentração excessiva em poucos ativos, uma gestão inadequada ou até falhas no cumprimento de objetivos. Em novembro de 2024, cerca de 62% do patrimônio da carteira estava alocado em renda fixa, enquanto a renda variável representava 28%, com a maior parte da perda relacionada à queda das ações da mineradora Vale, que compõem uma parte significativa da renda variável.
A administração do fundo tem sido alvo de críticas, especialmente pela escolha do presidente, cuja atuação tem sido questionada em termos de competência técnica. Além disso, o custo elevado de gestão também gera preocupação, com alguns especialistas destacando que fundos previdenciários conservadores costumam ter custos menores. A auditoria do TCU buscará identificar se as perdas foram causadas apenas pela volatilidade do mercado ou se fatores internos, como falhas de gestão, contribuíram para os prejuízos.
O impacto da alta dos juros e a desvalorização de ativos como as ações da Vale reforçam a importância de uma gestão prudente e bem planejada, com uma exposição controlada aos riscos da renda variável. Para especialistas, a auditoria do TCU é fundamental para garantir a transparência e a correta administração dos recursos dos pensionistas, além de assegurar que práticas inadequadas de gestão não prejudique ainda mais os beneficiários do fundo.