No Fórum Criminal de São Carlos, foi realizada, em 12 de fevereiro de 2025, a primeira audiência sobre o atropelamento da triatleta Luisa Baptista. O caso envolve um motociclista que, após ser acusado de tentar cometer homicídio por dolo eventual, será julgado pelo Tribunal do Júri. O Ministério Público argumenta que o réu assumiu o risco de matar ao conduzir sem habilitação, participar de festa open bar e trafegar em alta velocidade em uma rodovia perigosa. Por outro lado, a defesa alega excesso acusatório e sustenta que não há provas suficientes para justificar a acusação de tentativa de homicídio.
O atropelamento ocorreu em dezembro de 2023, quando a atleta foi atingida na estrada de São Carlos. Luisa ficou gravemente ferida, com múltiplas fraturas e perfurações internas, necessitando de internação em estado grave e um longo processo de reabilitação. Ela passou dois meses em coma, mas conseguiu se recuperar e retornou à sua rotina, incluindo sua participação nos Jogos Olímpicos de Paris em 2024, como forma de incentivo aos atletas brasileiros.
O incidente gerou uma mudança significativa na tipificação do crime, que passou de lesão corporal culposa para tentativa de homicídio com dolo eventual, considerando os elementos apresentados pelo Ministério Público. A defesa do réu continua a questionar as evidências e alega que a falta de habilitação é uma infração administrativa, sem ligação direta com a intenção de causar o acidente. A decisão final sobre a submissão do réu ao julgamento pelo Tribunal do Júri será tomada pelo juiz após a análise das testemunhas e provas apresentadas.