Em meio à crise política, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro organizam uma manifestação para o dia 16 de março, com o objetivo de pressionar o Congresso a discutir a anistia para os presos envolvidos nos eventos de 8 de janeiro. A mobilização ganha força com declarações de parlamentares que afirmam que os atos daquele dia não configuraram um golpe, mas sim uma grave agressão às instituições. Espera-se que o movimento conte com apoio de parlamentares do Centrão, especialmente da Câmara dos Deputados, onde já há discussões sobre o tema.
A proposta de anistia foi discutida no ano passado, mas não avançou após a criação de uma comissão especial. De acordo com algumas lideranças, o sistema de Justiça está sendo utilizado para fins políticos, ao invés de aplicar penas justas, e a anistia pode ser uma forma de corrigir supostas injustiças. Além disso, a data da manifestação foi escolhida em razão do aniversário de seis anos da abertura do inquérito dos atos antidemocráticos pelo STF, um marco simbólico para o movimento.
Apesar das movimentações, a possibilidade de impeachment do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que também é mencionada nas manifestações, foi negada pelo presidente da Câmara, que afirmou que não há espaço para essa pauta no momento. Enquanto isso, o bloqueio do Tribunal de Contas da União ao programa Pé-de-Meia segue sendo um dos principais pontos de crítica dos manifestantes.