A empresa responsável pelo aterro sanitário em Aparecida de Goiânia, que opera na região do Vale do Sol, está sendo investigada por irregularidades no manejo de chorume, um resíduo tóxico gerado pelo processo de decomposição do lixo. Moradores da região denunciaram que a CTR Metropolitana Serviços Ambientais estaria despejando esse chorume de forma ilegal em um afluente do córrego Santo Antônio, afetando o lençol freático e provocando mortes de peixes. A empresa, parte do grupo ORIZON, é acusada de falhas na fiscalização e no cumprimento das normas ambientais, com especialistas alertando para os riscos ambientais e para a falta de vigilância dos órgãos responsáveis.
A fiscalização do aterro está sendo questionada, já que, além da empresa, os municípios que destinam resíduos ao aterro também têm a responsabilidade de garantir o cumprimento das normas ambientais. De acordo com um engenheiro especializado, a falta de inspeções regulares e adequadas pode resultar em sérios danos ao meio ambiente, como a contaminação de águas subterrâneas, o que geraria custos adicionais para a potabilidade da água. A ORIZON, por ser uma empresa de grande porte e listada na bolsa de valores, é vista como uma candidata a maior fiscalização, com sanções previstas em caso de danos ambientais comprovados.
Em resposta, a CTR Metropolitana afirmou ter resolvido o problema rapidamente e garantiu que não houve danos ao meio ambiente. Contudo, os órgãos ambientais estaduais e municipais seguem com investigações sobre o ocorrido. A Secretaria Estadual de Meio Ambiente de Goiás informou que o aterro tem licença de operação emitida pelo órgão estadual, que é responsável pela fiscalização, enquanto a Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Aparecida de Goiânia ressaltou que a responsabilidade sobre a emissão de licenças e o acompanhamento das operações recai sobre o órgão estadual. O caso segue em apuração, com a possibilidade de aplicação de multas e outras sanções previstas pela legislação.