Um ataque de drone russo causou danos significativos à estrutura de confinamento da usina nuclear desativada de Chernobyl, construída para prevenir a liberação de substâncias radioativas. O incidente foi confirmado por Oleksandr Tytarchuk, engenheiro-chefe da usina, que explicou que o drone perfurou a cobertura externa do recipiente de contenção e explodiu em seu interior. Apesar dos danos, as autoridades ucranianas e a Agência Internacional de Energia Atômica garantiram que os níveis de radiação continuam dentro dos parâmetros normais na região.
A estrutura de contenção danificada foi concluída em 2019, substituindo a barreira de aço e concreto improvisada após o desastre nuclear de 1986. Caso a explosão tivesse ocorrido alguns metros mais distante, teria atingido diretamente o antigo abrigo de 40 anos. As autoridades locais, incluindo Andriy Danyk, chefe dos serviços de emergência ucranianos, asseguraram que as equipes de trabalho no local estão sendo constantemente rotacionadas para evitar a exposição à radiação.
Chernobyl foi ocupada pelas forças russas durante as primeiras semanas da invasão da Ucrânia em 2022, enquanto as tropas tentavam avançar em direção à capital Kiev. Desde o acidente nuclear de 1986, a área ao redor da usina permanece sob uma zona de exclusão, e as normas de segurança exigem que drones não sejam abatidos nas imediações dessas instalações sensíveis.