A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) publicou uma nota oficial no dia 7 de fevereiro de 2025, contestando declarações do ex-governador de Goiás, Marconi Perillo, que chamou a Operação Panaceia de “armação odienta” e acusou a superintendente da PF em Goiás, Marcela Rodrigues, de agir motivada por interesses políticos. A operação foi autorizada pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região para concluir investigações relacionadas a Perillo, com foco em contratos suspeitos entre a gestão do ex-governador e empresas ligadas a seu advogado.
A ADPF reafirmou a independência dos delegados da PF na condução de investigações, destacando que suas ações são feitas de acordo com a Constituição e sem interferências externas. A associação também ressaltou que as acusações de perseguição política se tornaram comuns em contextos de investigações rigorosas conduzidas pela Polícia Federal. Em resposta às alegações de Perillo, que questionava a validade da operação por tratar de fatos ocorridos há mais de sete anos, a ADPF repudiou tais insinuações.
A Operação Panaceia investiga contratos entre o Instituto Gerir, que administrou hospitais estaduais de Goiás entre 2012 e 2018, e um escritório de advocacia. A investigação apura a possível transferência de grandes somas de dinheiro, totalizando milhões de reais, entre organizações sociais e empresas associadas ao advogado de Perillo. A reportagem tentou contato com a defesa do ex-governador e outros envolvidos, mas não obteve resposta sobre as acusações ou a nota divulgada pela ADPF.