A Associação Brasileira do Alumínio (Abal) expressou sua preocupação com a decisão dos Estados Unidos de impor uma taxação de 25% sobre a importação de aço e alumínio, anunciada por Donald Trump em 10 de fevereiro de 2025. A medida afetará diretamente as exportações brasileiras, uma vez que os EUA são o segundo maior destino do alumínio produzido no Brasil. A associação argumenta que, apesar da alta qualidade e sustentabilidade dos produtos brasileiros, a sobretaxa tornará esses itens menos competitivos no mercado norte-americano.
O impacto imediato será sentido principalmente nas exportações, dificultando o acesso do Brasil ao mercado dos EUA. Em 2024, o país exportou US$ 15,6 bilhões em ferro, aço e alumínio, com 40,8% desse total destinado aos Estados Unidos. Isso demonstra a relevância do mercado americano para a economia brasileira, especialmente para o setor de metais. A Abal também alertou que empresas de outros países, ao perderem o acesso ao mercado norte-americano, poderão buscar novos destinos, o que poderia resultar em uma competição desleal no mercado interno de alumínio.
Essa não é a primeira vez que os EUA impõem tarifas sobre o aço e o alumínio, com medidas semelhantes adotadas em 2018. No entanto, a nova decisão não isenta o Brasil das taxas, ao contrário do que ocorreu anteriormente, quando o país recebeu quotas de isenção. A Abal, que representa tanto os produtores de alumínio primário quanto as empresas transformadoras do metal, continua defendendo os interesses do setor perante os órgãos governamentais, enquanto observa os impactos dessa nova política comercial.