A Ascema Nacional, entidade que representa servidores da carreira de especialista em meio ambiente, respondeu às críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a atuação do Ibama na exploração de petróleo na Bacia da Foz do Amazonas. A Ascema destacou que o Ibama é um órgão de Estado, cuja missão é proteger o meio ambiente e os recursos naturais do Brasil, com decisões baseadas em critérios técnicos, científicos e legais. A entidade reafirmou que o processo de licenciamento ambiental é conduzido de maneira rigorosa e transparente, respeitando a biodiversidade e o desenvolvimento econômico.
A Ascema também ressaltou as dificuldades enfrentadas pelo Ibama, principalmente devido à falta de investimentos e à precarização da gestão socioambiental, algo denunciado pela entidade há anos. Embora reconheça a necessidade de agilidade na análise de projetos, a Ascema alertou que grandes empreendimentos, especialmente em áreas ambientalmente sensíveis, exigem tempo e dedicação para garantir que os impactos sejam evitados ou mitigados.
Por fim, a Ascema criticou a falta de ações concretas do governo para implementar uma Avaliação Ambiental de Área Sedimentar (AAAS) na Bacia da Foz do Amazonas desde 2012, o que poderia facilitar o licenciamento e reduzir incertezas. A entidade também se posicionou contra qualquer pressão política que interfira no trabalho técnico do Ibama, enfatizando a importância de fortalecer as instituições ambientais do Brasil, especialmente em um contexto de compromissos internacionais relacionados às mudanças climáticas.