Dois artistas indígenas do Pacífico do coletivo SaVĀge K’lub expressaram sua frustração após a remoção forçada de bandeiras palestinas de uma tapeçaria exposta na Galeria Nacional da Austrália. A obra faz parte da exposição “Te Paepae Aora’i – Where the Gods Cannot be Fooled”, que reúne uma série de símbolos e slogans relacionados à justiça social de várias culturas indígenas e pacíficas. A tapeçaria inclui bandeiras como a dos povos aborígenes e das Ilhas do Estreito de Torres, além de representações de West Papua e outras bandeiras do Pacífico.
De acordo com os artistas, a decisão de cobrir as bandeiras palestinas com um pano branco foi motivada por uma alegada preocupação com a segurança, que foi considerada de “alto risco” pela direção da galeria. Os membros do coletivo afirmaram que cederam à remoção de maneira relutante, destacando a censura envolvida e o impacto sobre a liberdade artística e a expressão política no espaço cultural.
O ato de censura gerou debate sobre os limites da liberdade de expressão nas artes e a influência de pressões políticas em instituições culturais. A tapeçaria, que originalmente abordava uma ampla gama de questões sociais e culturais, incluindo a situação de Palestina, reflete as tensões envolvendo a exibição de obras com símbolos políticos em contextos públicos, especialmente em espaços como museus e galerias.