Anselm Kiefer, um artista alemão, é conhecido por explorar e confrontar o passado de seu país com suas obras, especialmente seu envolvimento com o regime nazista. Em sua juventude, Kiefer encontrou o uniforme da Wehrmacht de seu pai e, em um gesto simbólico, usou-o para realizar um projeto artístico em que fez a saudação de Hitler em diversos locais da Europa, documentando o processo com fotografias. Esse ato foi uma forma de lidar com a história de uma família marcada pela vergonha e pela violência do passado.
Um dos momentos centrais dessa exploração histórica foi a fotografia de Kiefer, em que ele aparece em pé com o braço erguido, fazendo a saudação proibida pela lei alemã, em frente a uma cerca de arame farpado. A imagem, embora simples, é intensa e poderosa, evocando os horrores do passado e a contínua luta de Kiefer para não deixar que a história seja esquecida ou repetida. Essa foto se torna um símbolo do impacto duradouro das atrocidades cometidas durante o regime.
As obras de Kiefer continuam a ser uma reflexão profunda sobre a relação da Alemanha com seu passado fascista e a necessidade de memória histórica. Suas pinturas e fotografias abordam temas como a destruição, a guerra e o trauma coletivo, com um enfoque particular na reconstrução da identidade nacional. Com isso, Kiefer não apenas remonta a história, mas também busca evitar que os erros do passado sejam repetidos.