Com a saída de Alexandre Padilha da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), o governo federal ainda busca definir quem ocupará a pasta responsável pela articulação política com o Congresso Nacional. Os principais nomes cotados são José Guimarães, líder do governo na Câmara, e Gleisi Hoffmann, presidente do Partido dos Trabalhadores (PT). Guimarães, que mantém uma longa parceria com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, é visto como a preferência do Planalto, especialmente devido à sua boa relação com partidos de centro e seu papel nas articulações políticas do ano anterior.
Gleisi, embora também seja uma opção para o cargo, é considerada uma figura mais combativa, o que pode dificultar a relação com siglas de centro. Além disso, a nomeação de uma mulher para o posto seria uma tentativa de equilibrar a saída de Nísia Trindade do Ministério da Saúde. No entanto, o PT está aberto à possibilidade de ceder a SRI para um partido de centro, a fim de melhorar o diálogo com o Congresso, algo que seria favorável à aprovação da agenda governista. Nesse contexto, o nome de Isnaldo Bulhões, líder do MDB na Câmara, surge como uma alternativa que conta com o apoio de figuras importantes da política nacional.
A falta de um consenso sobre a nomeação para a SRI reflete a preocupação do governo em melhorar a articulação com o Congresso, com a base aliada defendendo que a continuidade do PT na pasta pode dificultar as votações. Para contornar a situação, uma proposta que está sendo considerada é manter José Guimarães na SRI e transferir Isnaldo Bulhões para a liderança do governo na Câmara. O Planalto busca uma solução que equilibre as demandas internas do partido e as necessidades de alianças políticas para avançar com sua agenda no Legislativo.