A escolha de Gleisi Hoffmann para o cargo de ministra da Secretaria de Relações Institucionais (SRI) foi diretamente influenciada pela sua atuação na eleição do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta. Sua articulação política foi considerada determinante para o apoio do PT à candidatura de Motta, um movimento que teve forte respaldo de Lula ao selecionar a deputada para assumir a função no governo. Segundo aliados, Gleisi tem boas relações com integrantes do Centrão, o que a torna uma peça-chave na articulação política com o Congresso Nacional.
A decisão de Lula foi vista como um reconhecimento das habilidades políticas de Gleisi, especialmente no que tange à construção de pontes entre o governo e líderes de diversos partidos, como o líder do MDB, Isnaldo Bulhões. Sua aproximação com nomes influentes foi um dos fatores que pesaram na escolha, que foi oficializada em reunião com o presidente. Gleisi substituirá Alexandre Padilha, que assumirá o Ministério da Saúde a partir de 10 de março, mesma data em que a nova ministra tomará posse.
A movimentação política ocorre em um momento de rearranjos ministeriais no governo, com a realocação de Padilha para a Saúde após a demissão de Nísia Trindade. A posse de Gleisi está marcada para o dia 10 de março, e, com isso, ela será responsável pela articulação entre o Executivo e o Legislativo. A mudança na estrutura do governo busca fortalecer a relação com o Congresso e otimizar a governabilidade no segundo mandato de Lula.