Em janeiro, os incêndios florestais devastaram várias áreas de Los Angeles, deixando mais de 16.000 estruturas destruídas. O arquiteto Greg Chasen, que projetou uma casa na região com foco em resistência ao fogo, foi um dos poucos a ver sua construção resistir às chamas. A casa incorporava estratégias como o uso de materiais não inflamáveis, janelas com vidros duplos e espaços livres de vegetação combustível, um design que demonstrou ser eficaz diante da tragédia. No entanto, enquanto algumas áreas estavam protegidas, muitas outras não contaram com as mesmas precauções, resultando em perdas significativas.
Esse tipo de desastre, impulsionado pelas mudanças climáticas, deve se tornar cada vez mais frequente, com a previsão de aumento de 50% no número de incêndios em todo o mundo até o fim do século. Diante disso, muitos arquitetos estão se adaptando para criar projetos mais resistentes. Alguns optam por métodos como a isolação de bases em regiões sísmicas, enquanto outros buscam alternativas para combater as consequências das inundações e incêndios. Por exemplo, materiais como a madeira laminada cruzada estão ganhando destaque por serem resistentes ao fogo e a terremotos, além de oferecerem uma alternativa mais sustentável ao concreto.
Além disso, em países como o Japão e Bangladesh, arquitetos têm desenvolvido soluções para enfrentar diferentes tipos de desastres naturais. No Japão, as construções são adaptadas para suportar terremotos e tsunamis, enquanto em Bangladesh, a adaptação a inundações se dá através de casas construídas com materiais leves e flexíveis, que podem ser desmontadas e relocadas durante as enchentes. As inovações estão sendo moldadas pela necessidade urgente de resiliência, com o desafio de conciliar sustentabilidade e custo, especialmente em áreas de baixo recurso. A cooperação com as comunidades locais e o uso de técnicas tradicionais são vistos como essenciais para encontrar soluções eficazes e escaláveis.