Uma equipe de arqueólogos da Universidade Autônoma de Barcelona (UAB) fez uma descoberta significativa na Espanha ao encontrar as cordas mais antigas da Europa, feitas de tendões de corças, cabras e javalis. A pesquisa revelou que os arcos encontrados utilizavam técnicas avançadas de torção, criando materiais fortes e flexíveis, enquanto as flechas eram compostas por madeira de oliveira, junco e salgueiro, com pontas pesadas e revestidas com piche de casca de bétula. Esses achados confirmam o uso de junco na fabricação de flechas, uma hipótese discutida por especialistas há décadas, e destacam o domínio técnico das comunidades neolíticas.
O arco e flecha, uma das ferramentas mais antigas da humanidade, tem sua origem remonta a cerca de 20 mil anos atrás, inicialmente desenvolvido como uma ferramenta de caça. Com o tempo, o arco evoluiu para desempenhar papéis militares, esportivos e culturais. Os primeiros arcos eram simples, feitos de madeira e com cordas de tendões de animais ou fibras vegetais. As flechas, por sua vez, eram equipadas com pontas de pedra lascada. Com o tempo, surgiram os arcos compostos, que ofereciam maior eficiência e alcance, sendo usados em diversas civilizações antigas, como os egípcios e os mongóis.
A importância do arco e flecha na guerra diminuiu com o advento das armas de fogo, mas a prática continuou na caça e em esportes. No século XIX, o arco e flecha renasceu como uma atividade recreativa, especialmente na Europa e América do Norte. Em 1900, foi incluído nos Jogos Olímpicos e voltou a ser parte do evento permanentemente em 1972. Atualmente, o arco e flecha é praticado globalmente, tanto em competições quanto como parte de tradições culturais, especialmente entre comunidades indígenas.