O governo da Argentina, sob a liderança de Javier Milei, anunciou novas medidas restritivas relacionadas a questões de gênero, seguindo um movimento similar ao que foi adotado nos Estados Unidos. O governo argentino proibiu tratamentos e cirurgias de transição de gênero para menores de idade, alegando que tal ação visa combater o que descreve como “coerção psicológica” promovida por ideologias de gênero. Além disso, a Argentina decidiu retirar-se da Organização Mundial da Saúde (OMS), o que é visto como uma continuidade das decisões tomadas pela administração anterior nos Estados Unidos.
Outro ponto relevante da nova política argentina envolve a segregação de detentos trans de acordo com o sexo biológico registrado no momento do crime. Com isso, presos trans que tiverem realizado a transição de gênero após a prisão poderão ser transferidos para estabelecimentos prisionais correspondentes ao sexo designado ao nascimento. A medida também impede a transferência de condenados trans por crimes sexuais para prisões femininas, mesmo que tenham feito a transição antes de cometer o crime.
As ações do governo argentino seguem uma linha semelhante às tomadas nos Estados Unidos, onde recentemente foram assinadas ordens executivas que restringem a transição de gênero em menores e a participação de mulheres trans em competições esportivas femininas. No início do ano, o governo dos EUA também implementou a proibição de mulheres trans em prisões femininas e impôs restrições a vistos para atletas trans, fortalecendo um movimento conservador em relação a questões de identidade de gênero.