Apenas 10 dos 197 países comprometeram-se com a terceira geração de Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDC), documento que visa a redução das emissões de gases do efeito estufa, a tempo do prazo final estipulado no Acordo de Paris, que se encerra na próxima segunda-feira, 10 de fevereiro de 2025. O Acordo de Paris, que completa 10 anos em 2025, estabelece a meta de limitar o aquecimento global a 1,5 grau Celsius, o que exige uma redução de 57% nas emissões globais de gases do efeito estufa, de acordo com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente.
Entre os países que já entregaram suas atualizações estão o Brasil e os Emirados Árabes Unidos, que apresentaram metas ambiciosas de redução de emissões. O Brasil visa cortar suas emissões entre 59% e 67% até 2035, em comparação com os níveis de 2005, o que significaria uma redução de até 1 bilhão de toneladas de gás carbônico equivalente por ano. Já os Emirados Árabes Unidos estabelecem uma meta de redução de 47% até 2035, em relação a 2019. Outros países, como os Estados Unidos, também entregaram suas contribuições, apesar de passagens políticas que afetaram a continuidade de seu compromisso com o Acordo de Paris.
Enquanto isso, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, destacou a necessidade de planos ainda mais ousados para a redução das emissões, com uma meta global de 60% até 2035. Além disso, a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30) será sediada no Brasil, sob a presidência de Luiz Inácio Lula da Silva, e a expectativa é de que o evento contribua para o avanço dessas metas. O cenário global se aproxima de uma junção crítica de ações climáticas, com a COP30 representando um momento importante de colaboração internacional para enfrentar os desafios impostos pelas mudanças climáticas.