Durante o programa 360° desta segunda-feira (17), a analista de Internacional Fernanda Magnotta destacou que as negociações entre os Estados Unidos e a Rússia sobre o conflito na Ucrânia parecem estar se inclinando mais para os interesses russos. Segundo a especialista, há vários sinais de que as posições americanas estão se distanciando dos desejos ucranianos, como a falta de apoio à adesão da Ucrânia à OTAN e a redução do envio de fundos e armamentos para o país.
Magnotta apontou cinco pontos principais que sugerem esse alinhamento com as ambições russas: a exclusão da Ucrânia da OTAN, a improbabilidade do restabelecimento das fronteiras de 2014, a recusa em enviar tropas, a diminuição de recursos para a Ucrânia e a relutância em aplicar o Artigo 5º da OTAN em missões de paz na região. Esses fatores contrastam com as expectativas do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que tem solicitado mais apoio militar e sanções contra a Rússia.
A análise também mencionou reações da imprensa internacional, como uma manchete do Financial Times que sugeriu que o ex-presidente Trump poderia estar favorecendo as ambições de Putin. Além disso, declarações de John Bolton indicaram que Trump teria cedido antes das negociações, criando um cenário de incertezas para a Ucrânia. As mudanças nas políticas americanas podem impactar significativamente o equilíbrio de poder na região, deixando o país em uma posição mais isolada nas suas tentativas de resistir à agressão russa.