A retirada dos Estados Unidos de suas ações internacionais e sua diminuição do papel de liderança global são questões que têm gerado preocupações, principalmente em relação à segurança e estabilidade mundial. Enquanto os Estados Unidos começam a recuar de sua posição de protagonismo, o continente europeu se vê diante da responsabilidade de ocupar esse espaço. A falta de uma resposta unificada por parte da Europa, agravada pela complexidade do Brexit, torna a situação ainda mais desafiadora. A retirada americana traz um vácuo que precisa ser preenchido, mas as dificuldades internas europeias complicam a coordenação eficaz.
O texto faz referência ao período histórico de 1817, quando Lord Amherst, líder de uma delegação britânica à China, se recusou a se submeter à tradição de se curvar diante do imperador chinês, o que gerou grande repercussão na época. Esse evento é utilizado como uma metáfora para ilustrar as dinâmicas de poder e as tensões internacionais que remontam ao passado, mas que ainda são relevantes nos desafios contemporâneos. A recusa de Amherst simboliza a complexidade dos relacionamentos internacionais, em que interesses conflitantes podem dificultar o progresso conjunto.
No contexto atual, o autor sugere que a Europa precisa agir com mais determinação e eficácia para enfrentar os desafios globais que surgem com a diminuição do poderio americano. O Brexit, ao invés de fortalecer a posição da Europa, acabou por intensificar divisões internas, dificultando uma resposta coesa. Portanto, o momento exige uma reflexão sobre a capacidade de liderança europeia em tempos de crescente instabilidade global, onde é necessário encontrar soluções que não apenas enfrentem crises imediatas, mas que também projetem um futuro de colaboração e estabilidade para o continente e para o mundo.