Alicia Dudy Muller Veiga, aluna do curso de Medicina da USP, obteve o registro de médica em dezembro de 2024, apesar de ter sido condenada por desviar quase R$ 1 milhão de fundos destinados à festa de formatura de sua turma. O Conselho Federal de Medicina confirmou que sua inscrição está ativa e regular, embora ela não tenha especialidade registrada. A jovem cumpre pena em regime semiaberto, após ser sentenciada por estelionato, e a defesa argumenta que ela tem direito ao esquecimento, buscando evitar que o episódio prejudique sua vida profissional de forma contínua.
Em sua defesa, o advogado afirmou que Alicia já cumpriu ou está cumprindo suas obrigações legais, e que o direito ao esquecimento deveria ser aplicado para proteger aqueles que não devem mais ser penalizados por erros passados. A sentença judicial apontou que Alicia se aproveitou de sua posição como presidente da comissão de formatura para desviar os recursos arrecadados, traindo a confiança dos colegas. O juiz destacou a gravidade do caso, especialmente por ter ocorrido entre pessoas próximas, como membros de uma mesma turma de graduação.
O desvio de fundos foi descoberto após Alicia alegar ter perdido o dinheiro, afirmando que o havia investido em uma corretora de investimentos e que foi enganada. O caso gerou uma investigação policial que envolveu a análise de diversos itens pertencentes à acusada. Durante a apuração, um tablet adquirido com o dinheiro desviado foi sugerido para ser leiloado, com a quantia arrecadada sendo revertida para entidades beneficentes. O carro de luxo alugado por ela foi devolvido à empresa responsável.