Aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva começaram a defender a nomeação da deputada federal Tabata Amaral (PSB) para o Ministério da Ciência e Tecnologia, atualmente sob o comando do PCdoB com Luciana Santos. A ideia é que a parlamentar poderia assumir a pasta em uma eventual troca de cadeiras na Esplanada dos Ministérios. O movimento ganhou força após o debate sobre a exploração de petróleo na Foz do Amazonas, que foi endossado pelo próprio presidente. Se essa troca ocorrer, Tabata teria de ser substituída na Câmara dos Deputados por seu suplente, Rodrigo Agostinho, atual presidente do Ibama, o que poderia suavizar as críticas ao órgão ambiental.
Tabata Amaral, por sua vez, afirmou que ainda não foi procurada sobre o assunto e que, caso a troca aconteça, a decisão cabe exclusivamente ao presidente Lula. A parlamentar destacou que continua comprometida com o objetivo de um Brasil mais justo e ético. Enquanto isso, o PCdoB trabalha para convencer Lula a manter Luciana Santos no cargo, uma vez que a permanência da ministra é considerada mais estratégica para a legenda, especialmente no contexto das recentes eleições municipais.
A situação revela um cenário político delicado, em que interesses partidários e a composição da Esplanada dos Ministérios entram em jogo, principalmente em relação ao futuro da gestão ambiental e de outras áreas estratégicas. O debate sobre a exploração de petróleo, aliado à movimentação interna de partidos, influencia diretamente as decisões políticas dentro do governo.