Aliados próximos ao ex-presidente Jair Bolsonaro descartam, por ora, a ideia de mobilizar o eleitorado bolsonarista em prol do impeachment do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Apesar de movimentos opositores contra o governo petista estarem sendo organizados, a estratégia principal para os próximos atos é focar nas eleições gerais de 2026. A avaliação interna é de que um eventual impeachment de Lula poderia resultar na ascensão de Geraldo Alckmin, o vice-presidente, ao Palácio do Planalto, o que não seria do interesse dos aliados de Bolsonaro.
Dentro do Congresso Nacional, a possibilidade de um processo de impeachment avançar é considerada praticamente inexistente, especialmente com o atual presidente da Câmara, Hugo Motta, sendo visto como um obstáculo a essa iniciativa. Embora Bolsonaro tenha orientado seus aliados a não focarem no impeachment, há um entendimento de que não é possível controlar completamente as manifestações, onde pedidos como o “fora Lula” podem surgir espontaneamente, como aconteceu em eventos anteriores.
Em paralelo, os movimentos bolsonaristas visam testar o apoio popular ao ex-presidente, que, apesar de projetar uma candidatura à Presidência em 2026, encontra-se inelegível devido a um processo jurídico em andamento. O ex-presidente continua apostando em sua base de apoio, enquanto se prepara para enfrentar possíveis denúncias que podem surgir de investigações sobre o ano de 2022.