A Alemanha se prepara para as eleições legislativas de 2025, que vão determinar o próximo chanceler federal, cargo de maior poder executivo no país. No sistema eleitoral alemão, os eleitores não escolhem diretamente o chanceler, mas votam em representantes para o Bundestag, a câmara baixa do parlamento. Com a formação de uma coalizão, o partido mais votado tenta reunir aliados para escolher seu candidato ao cargo de chefe de governo, que deve ter uma maioria absoluta no parlamento. A estabilidade política do país está em jogo, especialmente com o crescimento da extrema direita.
As pesquisas apontam que o partido conservador CDU, liderado por Friedrich Merz, está à frente, com 32% das intenções de voto, seguido pela extrema direita, representada pela AfD, que obteve 21%. O Partido Social-Democrata (SPD), do atual chanceler Olaf Scholz, sofreu queda em popularidade, enquanto o Partido dos Verdes, liderado por Robert Habeck, também não lidera as pesquisas. A eleição é crucial, não só para a Alemanha, mas também para os rumos da União Europeia e suas relações com os Estados Unidos, especialmente em meio à crescente polarização política no continente.
O sistema eleitoral alemão se baseia em um sistema misto, com dois votos: o primeiro, para um candidato diretamente eleito na região do eleitor, e o segundo, para o partido político. O voto no partido, denominado “segundo voto”, define a quantidade de cadeiras de cada sigla no Bundestag, influenciando diretamente a composição do governo. Para garantir representação no parlamento, um partido precisa alcançar mais de 5% dos votos. A eleição é vista como um momento decisivo para o futuro político e econômico da Alemanha, impactando também os rumos da União Europeia.