Neste domingo (23), os alemães irão às urnas para eleger o novo chanceler e a composição do Parlamento para os próximos quatro anos. O próximo governo precisará enfrentar questões internas, como a reforma do sistema migratório e a modernização da economia, além de temas de política externa, como a resposta da União Europeia à presidência de Donald Trump e a guerra na Ucrânia. As pesquisas apontam Friedrich Merz, do partido conservador CDU, como favorito, mas a extrema direita, representada pela AfD, também tem se destacado nas sondagens, o que pode dificultar a formação de uma coalizão, já que a maioria dos partidos recusa alianças com esse grupo.
A Alemanha, maior economia da Europa, desempenha papel fundamental na política do continente, sendo impactada por desafios econômicos como a crise energética e a falta de profissionais qualificados. A imigração também é um tema central nas discussões eleitorais, especialmente após ataques terroristas atribuídos a imigrantes de países como Afeganistão e Síria. Merz e outros candidatos apontam que a política de asilo do país precisa ser revista, enquanto o governo de Olaf Scholz, atual chanceler, argumenta que mudanças já foram implementadas, incluindo maior controle nas fronteiras e um aumento nas deportações.
A eleição, que contará com 29 partidos concorrendo, tem como foco a formação de uma coalizão governamental, processo que pode ser complexo devido à diversidade de forças políticas no país. A Bundestag, Câmara baixa do Parlamento, possui 630 assentos, e partidos devem conquistar pelo menos 5% dos votos para garantir representação. Após as eleições, o novo governo será formado, com a possibilidade de um novo chanceler ser eleito até abril, caso Merz vença as eleições.