O senador Davi Alcolumbre (União-AP) foi eleito novamente para a presidência do Senado Federal, cargo que ocupará até 2027. Conhecido pela habilidade em negociar nos bastidores e construir consensos, ele consegue unir tanto a base quanto a oposição, garantindo apoio de partidos como PT e PL para sua eleição. Alcolumbre já havia presidido a Casa entre 2019 e 2021, e sua segunda gestão traz expectativas de maior integração entre os senadores, com foco em atender as demandas internas da Casa. Em seu discurso, enfatizou a importância da autonomia do Senado e a manutenção de acordos políticos, como as emendas parlamentares.
Apesar do apoio de muitos partidos, a relação de Alcolumbre com o governo de Lula gerou expectativas contrastantes. Interlocutores do Planalto temem que ele não atue como um “filtro” contra a oposição, ao contrário de seu antecessor Rodrigo Pacheco, que era visto como uma barreira para parlamentares mais alinhados com o ex-presidente Bolsonaro. Alcolumbre já sinalizou que pautará temas importantes, como a apreciação de vetos presidenciais, o que reflete seu estilo mais independente e negociador. Seu perfil político é comparado ao do presidente da Câmara, Arthur Lira, devido à sua estratégia de apoio condicionado a contrapartidas.
Embora tenha conquistado reconhecimento nacional, Alcolumbre enfrenta desafios no Amapá, onde teve derrotas eleitorais em várias ocasiões. No entanto, mesmo diante dessas dificuldades locais, continua a investir recursos no estado, como no envio de emendas para a reforma da Câmara Municipal de Macapá. Sua trajetória política é marcada por alianças estratégicas e uma atuação constante no Congresso, com destaque na Comissão de Constituição e Justiça e na articulação de sua reeleição para o Senado, que consolidou sua influência dentro do União Brasil e em outras esferas políticas.