Davi Alcolumbre, senador pelo Amapá, foi reeleito presidente do Senado em fevereiro de 2025, superando a marca mínima de 41 votos com apoio de 76 parlamentares, o que representou 94% da Casa. Seu desempenho se destaca pela ampla coalizão de aliados, composta por partidos tanto da base governista quanto da oposição, e pela habilidade em criar uma base sólida já em 2024. Sua gestão anterior, entre 2019 e 2021, foi marcada por desafios e controvérsias, incluindo uma eleição tumultuada e uma suspeita de fraude que até hoje não foi esclarecida.
Alcolumbre tem uma trajetória política marcada por pragmatismo e articulações estratégicas. Na primeira gestão, foi aliado do governo Bolsonaro, mas também criticou o presidente em temas como a condução da pandemia. Durante o governo Lula, o senador se manteve relevante, influenciando projetos e ações importantes, como a aprovação de medidas econômicas e a aceleração de nomeações para o Banco Central. Ele também exerceu um papel de destaque como presidente da Comissão de Constituição e Justiça, coordenando a distribuição de emendas parlamentares.
Agora, Alcolumbre assume a presidência do Senado em um contexto de fortes demandas, especialmente para equilibrar os interesses da base governista e da oposição. O PL, maior partido de oposição, terá um papel central nas próximas decisões, com a indicação de figuras-chave para comissões importantes. O senador, que já demonstrou habilidade para conciliar diferentes forças políticas, terá o desafio de atender a ambos os lados, mantendo a governabilidade e a estabilidade do Senado.