Nas eleições para os cargos de presidência do Senado e da Câmara, Davi Alcolumbre e Hugo Motta foram eleitos com amplas vitórias, obtendo 73 dos 81 votos no Senado e 444 dos 513 votos na Câmara, respectivamente. Motta, que se tornará o deputado mais jovem a presidir a Câmara, assume o cargo com grande apoio nos bastidores e com um perfil político focado em unir adversários. Já Alcolumbre, que volta ao comando do Senado, se comprometeu a adotar uma postura corajosa em relação ao governo, destacando que, em alguns momentos, suas decisões podem não agradar a todos.
A oposição ao governo Lula, liderada por figuras como Flávio Bolsonaro, ganhará mais espaço no Senado e na Câmara, devido à eleição de aliados estratégicos para cargos-chave, como a presidência das duas Casas. O PL, partido com forte presença nas duas casas, ocupará a primeira vice-presidência tanto no Senado quanto na Câmara, com Eduardo Gomes e Altineu Côrtes assumindo esses postos. Além disso, o PL assumirá comissões importantes, como a Comissão de Segurança Pública e a de Direitos Humanos, com Flávio Bolsonaro e Damares Alves na liderança dessas áreas.
O cenário pós-eleições marca uma nova fase para o PL, que, após ficar afastado de posições influentes durante a gestão passada, agora pretende retomar seu espaço com uma oposição mais articulada. Flávio Bolsonaro acredita que Alcolumbre, apesar das divergências políticas, garantirá o respeito às forças de oposição, prometendo um ambiente de maior alinhamento para o cumprimento de acordos. Ao mesmo tempo, o partido também busca reconquistar o apoio de aliados, como o senador Marcos Pontes, que não teve apoio para sua candidatura à presidência do Senado.