A Alcoa, empresa do setor de alumínio com sede em Pittsburgh, está pressionando a administração de Donald Trump para permitir uma isenção nas tarifas sobre as importações de alumínio do Canadá. Bill Oplinger, CEO da companhia, afirmou em uma conferência que essa medida permitiria que dois terços do alumínio consumido nos Estados Unidos continuassem a entrar no país sem tarifas. O déficit de alumínio nos EUA, estimado em 4 milhões de toneladas anuais, é em grande parte suprido por importações do Canadá e do México.
Oplinger alertou que a imposição de tarifas de 25% sobre o alumínio importado poderia afetar negativamente o mercado de trabalho, com a perda de até 100 mil empregos na indústria do alumínio dos Estados Unidos. Desses, cerca de 20 mil seriam empregos diretos, enquanto outros 80 mil estariam relacionados a postos de trabalho indiretos, impactando a cadeia produtiva como um todo.
A posição da Alcoa, conforme exposta pelo CEO, é que essas tarifas prejudicariam tanto a indústria norte-americana quanto os trabalhadores locais, uma vez que a falta de matérias-primas importadas pode resultar em uma produção mais cara e menos competitiva. A empresa, portanto, defende que a isenção para o Canadá é essencial para evitar essas perdas no mercado e garantir a continuidade das operações da indústria de alumínio nos Estados Unidos.