Grupos humanitários expressaram preocupação com o impacto que os cortes de ajuda externa dos Estados Unidos podem ter nos campos de detenção no nordeste da Síria, especialmente em áreas como al-Hol e al-Roj, onde estão detidos muitos suspeitos de pertencerem ao Estado Islâmico (IS) e suas famílias. As autoridades curdas alertaram para o risco de uma nova onda de atividades do IS caso os serviços básicos sejam interrompidos, já que a retirada da ajuda pode agravar as condições nos campos, afetando diretamente a vida de dezenas de milhares de pessoas.
No dia 24 de janeiro, a Blumont, uma organização humanitária baseada na Virgínia, responsável pela gestão de dois desses campos, recebeu uma ordem do governo dos EUA para interromper suas atividades. A medida causou uma onda de pânico entre os detidos e trabalhadores da área, uma vez que os serviços essenciais, como alimentação, saúde e segurança, deixaram de ser fornecidos.
Especialistas temem que a falta de apoio humanitário possa resultar em uma deterioração ainda maior das condições nos campos e abrir espaço para a recuperação de grupos extremistas na região. As tensões aumentam à medida que o prazo para a redução da ajuda se aproxima, criando incertezas sobre o futuro dos campos e seus habitantes.