A suspensão da ajuda humanitária internacional dos Estados Unidos após a chegada de Donald Trump à Casa Branca causou um impacto devastador no setor humanitário. Em janeiro, muitas ONGs receberam notificações da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid), informando o congelamento dos orçamentos e, posteriormente, uma autorização restrita para manter apenas as atividades essenciais de ajuda. A decisão gerou um estado de pânico entre os trabalhadores e organizações afetadas, que enfrentaram demissões em massa e a possibilidade de desaparecer em um curto período devido à dependência dos fundos dos EUA.
A situação foi especialmente difícil para o pessoal local em países com economias frágeis, onde a busca por novas oportunidades de emprego é limitada. Diversas organizações, como o Conselho Norueguês para os Refugiados, anunciaram cortes significativos em sua equipe, afetando até mesmo as operações de ajuda em locais críticos como o Afeganistão, que vive uma grave crise econômica. A Usaid, responsável por um grande volume de financiamento humanitário, representa uma parte significativa do orçamento de muitas ONGs, fazendo com que a falta de recursos comprometa o emprego de milhares de pessoas ao redor do mundo.
Especialistas do setor humanitário alertam para os efeitos a longo prazo da decisão dos EUA, com previsões de uma diminuição drástica na ajuda internacional, além de um possível impacto também nas organizações europeias que complementam o financiamento estatal. A brutalidade das políticas do novo governo trouxe uma sensação de incerteza para as ONGs, forçando muitas a repensar suas estratégias. A situação continua sem resolução, com muitas organizações temendo que as dificuldades se estendam por muito mais tempo do que o período de 90 dias inicialmente estipulado para revisão.