O filme “Ainda Estou Aqui” conquistou o prêmio Goya de Melhor Filme Ibero-americano, na cerimônia realizada no sábado, 8 de fevereiro, em Granada, na Espanha. Esta vitória é histórica, pois o longa é o primeiro filme brasileiro a ser indicado na categoria. O diretor Walter Salles, que não pôde comparecer devido a compromissos nos Estados Unidos, foi representado pelo cantor uruguaio Jorge Drexler, parceiro do diretor em “Diários de Motocicleta” (2005). Drexler leu uma mensagem de Salles, que dedicou a vitória ao cinema brasileiro, a cineastas espanhóis e a outras figuras do cenário cultural.
A premiação dos Goya é considerada uma das mais relevantes do cinema ibero-americano, sendo frequentemente comparada ao Oscar devido à sua importância nacional na Espanha, apesar das diferenças no processo de votação e nas categorias. “Ainda Estou Aqui” venceu outros filmes de destaque, como “Agarrame Fuerte” (Uruguai), “El Jockey” (Argentina), “No Lugar da Outra” (Chile) e “Memorias de un Cuerpo Que Arde” (Costa Rica e Espanha). O filme de Salles ainda está em destaque nas premiações internacionais, incluindo uma série de indicações ao Oscar, com destaque para a categoria de Melhor Atriz, para Fernanda Torres.
A história do filme retrata a vida de Eunice Paiva, interpretada por Fernanda Torres, e sua relação com o desaparecimento de seu marido durante a ditadura militar no Brasil. “Ainda Estou Aqui” já é um forte concorrente nas principais premiações cinematográficas de 2025 e continua a ampliar seu reconhecimento no cenário internacional. A vitória nos Goya é um reflexo do crescente impacto do filme e a crescente admiração por sua representação da cultura e história brasileira.