O partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD) tem alcançado um crescimento significativo nas pesquisas de intenção de voto para as eleições legislativas de domingo, somando 21% e se posicionando como a segunda maior força política do país. Esse avanço reflete uma insatisfação crescente entre a população com a situação econômica, a gestão da migração e os custos da guerra na Ucrânia. Apesar do aumento nas intenções de voto, o AfD ainda não tem apoio suficiente para liderar o governo alemão, mas sua ascensão representa uma guinada à direita no cenário político.
O partido se beneficia do descontentamento de uma parcela significativa do eleitorado, sendo associado a propostas radicais, como o corte de impostos e políticas severas contra a imigração. Alice Wiedel, uma das principais lideranças do AfD, tem se destacado ao tentar desmistificar a imagem extremista do partido. Recentemente, foi apoiada por figuras como o vice-presidente dos EUA, J.D. Vance, e o empresário Elon Musk, que a veem como uma alternativa para o futuro político da Alemanha. Contudo, suas declarações controversas, incluindo revisionismo histórico e retórica agressiva contra imigrantes, geram preocupações sobre o impacto do AfD na coesão social do país.
Apesar da crescente popularidade, o AfD enfrenta forte resistência de outros partidos políticos, que até agora se comprometeram a evitar coalizões com a legenda. Em debates eleitorais, suas lideranças são frequentemente alvo de críticas, como ocorreu com a candidata Alice Wiedel, que foi atacada por adversários devido ao histórico do partido e suas posições extremistas. O AfD se aproveita do cenário de incertezas e da insatisfação popular para consolidar sua base de apoio, ampliando a polarização política e social na Alemanha.