A Alternativa para a Alemanha (AfD) se prepara para sua maior performance nas urnas desde sua criação, com a disputa pela liderança do país. Embora seja improvável que o partido ganhe poder imediatamente, sua influência no debate sobre imigração e outras questões sociais tem crescido. Fundado em 2013, o partido inicialmente se opôs aos resgates econômicos na zona do euro, mas foi a postura de Angela Merkel em relação à imigração em 2015 que impulsionou sua ascensão, levando-o a conquistar uma vaga no parlamento em 2017.
A AfD tem se tornado uma força significativa nas eleições alemãs, com uma mensagem radical e antissistema, especialmente nas questões de imigração, energia e política externa. Com sua candidata pela primeira vez para o cargo de chanceler, Alice Weidel, o partido defende posições como a remigração e o fim das sanções à Rússia. Além disso, é conhecido por ser uma voz crítica à União Europeia e ao governo de Olaf Scholz, aproveitando a insatisfação com as crises internas para ganhar apoio, especialmente nas regiões mais pobres e no leste do país.
Apesar de sua ascensão, o partido enfrenta críticas por suas tendências extremistas e está sob vigilância das autoridades de segurança alemãs. Com um apoio crescente entre eleitores jovens, o AfD se posiciona como um movimento contra o establishment, especialmente utilizando as redes sociais de forma eficiente. Embora tenha vínculos com partidos de direita de outros países europeus e apoio de figuras como Elon Musk, a AfD continua sendo vista com desconfiança por outros partidos políticos, que se recusam a formar alianças com ele.