A Alternativa para a Alemanha (AfD), partido de ultradireita, está projetada para alcançar um resultado histórico nas eleições gerais de fevereiro de 2025, com a candidata Alice Weidel à frente da sigla. Ela é a primeira mulher escolhida pelo partido para concorrer ao cargo de chanceler e apresenta uma plataforma política que prioriza temas como o combate à imigração, a oposição à transição para uma economia neutra em carbono e a crítica ao ativismo climático. Weidel também defende uma reforma na União Europeia e a reativação de usinas nucleares e de carvão. Em termos de imigração, o partido busca adotar medidas rigorosas, incluindo o fechamento das fronteiras e a deportação de imigrantes ilegais.
Com uma trajetória marcada pela ascensão dentro do AfD, Weidel tem se destacado pela capacidade de comunicar um discurso que atrai tanto eleitores mais moderados quanto mais extremistas. Seu posicionamento, muitas vezes criticado por opositores como sendo oportunista, se distingue dentro do partido por seu tom relativamente equilibrado, especialmente nas grandes mídias. Embora seja assumidamente lésbica e tenha uma família com uma imigrante, a política se posiciona contra políticas de diversidade e a ideologia de gênero, mantendo uma postura conservadora em temas familiares e sociais.
Em um cenário político alemão instável, agravado pela crise do governo de Olaf Scholz, o AfD tem ganhado espaço nas pesquisas, ocupando a segunda posição. Apesar das resistências e da acusação de extremismo, que o partido enfrenta no Parlamento e nos órgãos de segurança, a sigla vê um futuro promissor nas próximas eleições. A política interna da Alemanha, marcada por tensões econômicas e governamentais, tem gerado incertezas sobre a continuidade do governo atual, e a AfD aproveita esse momento para tentar ampliar sua base de apoio.