A Aerolíneas Argentinas anunciou que espera alcançar um lucro operacional de US$ 20,2 milhões (R$ 115,7 milhões) no ano de 2024, o que representa a primeira vez desde sua nacionalização, em 2008, que a companhia superará seus custos operacionais. A melhoria dos resultados foi destacada pelo presidente da empresa, Fabián Lombardo, durante a assembleia de acionistas que aprovou as contas de 2023. Além disso, a empresa reduziu em 25% sua dívida consolidada em dólares, mantendo o nível de caixa inalterado.
A companhia também reportou que, em 2023, o prejuízo operacional foi de US$ 390 milhões (R$ 2,23 bilhões), uma leve redução em comparação aos anos anteriores, que registraram perdas maiores. O objetivo da administração tem sido melhorar a eficiência operacional da empresa, o que resultou em cortes de custos, incluindo a demissão de 1.600 funcionários e a eliminação de 85 cargos seniores. O enxugamento da força de trabalho contribuiu para aumentar a produtividade da frota e reduzir o número de funcionários por aeronave, atingindo o menor nível de pessoal em 14 anos.
Em termos de financiamento, a Aerolíneas revelou que, em 2025, não será necessário solicitar recursos adicionais ao Tesouro Nacional, pois a empresa será capaz de se manter financeiramente por meio de sua própria operação. Essa previsão coloca a companhia como um ativo atraente para possíveis futuras privatizações, caso as condições sejam favoráveis. Apesar do prejuízo de US$ 220 milhões (R$ 1,26 bilhão) em 2023, a redução da dependência financeira do governo argentino foi vista como um avanço significativo.