A administração Trump tomou medidas significativas contra a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), afastando dezenas de funcionários da agência, especialmente aqueles ligados ao setor de Assuntos Legislativos e Públicos. Esse movimento é visto como uma tentativa de reduzir a independência da instituição, colocando-a sob maior controle do Departamento de Estado. Cerca de 100 funcionários da USAID foram afetados desde a semana passada, com alguns perdendo o acesso a e-mails e outros sendo afastados de suas funções. O contexto dessa ação ocorre no âmbito de uma revisão nos gastos com ajuda externa, seguindo a agenda de “America First” de Trump.
Além disso, a situação se complicou com a intervenção de Elon Musk, que foi encarregado de liderar um painel federal de corte de custos. Funcionários do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), sob sua supervisão, fizeram várias visitas à sede da USAID em Washington, criando um ambiente de tensão. Musk também fez críticas públicas à agência, acusando-a de práticas duvidosas sem apresentar provas. Esse clima de instabilidade tem gerado repercussões dentro da USAID e além, especialmente entre os programas de ajuda internacional.
O congelamento de grande parte da ajuda externa dos Estados Unidos, decidido por Trump, já afeta projetos essenciais em várias partes do mundo. Iniciativas de saúde, como tratamentos para doenças como HIV, e operações de desminagem em áreas de conflito estão entre os mais impactados. A pressão sobre a USAID continua a aumentar, com figuras políticas como Brian Mast defendendo a mudança de estrutura da agência, embora o futuro de sua independência permaneça incerto.