Em 2024, o estado do Acre enfrentou uma média de três meses de calor extremo, com mais de 6 milhões de pessoas no Brasil expostas a temperaturas acima dos limites históricos. O levantamento feito pelo Centro Nacional de Monitoramento de Desastres (Cemaden), com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), revelou que o Acre foi uma das regiões mais impactadas, com temperaturas recordes registradas em diversos municípios. A pesquisa destacou que o ano passado foi o mais quente já registrado, contribuindo para secas severas e queimadas no estado.
A cidade de Acrelândia foi o município que mais registrou dias com calor extremo, com 121 dias, além de ter registrado a temperatura máxima mais alta do estado, atingindo 40ºC. Outros municípios como Senador Guiomard e Plácido de Castro também enfrentaram um número elevado de dias de calor extremo, com 110 e 108 dias, respectivamente. Esses dados refletem a severidade das condições climáticas que afetaram a população local, especialmente em regiões que concentram mais de 64 mil pessoas.
Este cenário de calor intenso é parte de uma tendência global, com o Brasil vivendo a pior seca da sua história. A pesquisa revelou que, no total, mais de 6 milhões de brasileiros enfrentaram temperaturas extremas por mais de 150 dias em 2024, destacando o impacto significativo das mudanças climáticas e a necessidade de medidas para mitigar os efeitos do aquecimento global.